19.3.05

Trago os dias cantados no peito que foi teu enquanto o livro que desfolho chega ao fim. A noite foi nossa, por vezes, por vezes amei-te os gestos como quem ama a luz que nos abre o caminho - porque tu eras a minha luz e eu não me conformo em perder-te. O mar, o céu, foram só pedaços da rapidez com que passámos pelo mundo e as estrelas para onde voámos a cada lua, o limite que ultrapassávamos sempre demais. Éramos nós, nós, e o mundo sem nós já não segue como antes, a vida sem nós é-me igual à inexistência. E ninguém pode perceber, nunca ninguém nos viu em tudo o que fomos connosco. Mas eu amei-te... amei-te os dias como se fossem os meus e os sorrisos como se eu não pudesse ser sem eles. Amei-te tudo e, afinal, a minha voz apagou-se com o nosso adeus.

3 comentários:

Anónimo disse...

Que a tua voz nunca se apague...=) Bjos campónia***

Shinho disse...

Eu diria antes, que a tua mão nunca se cale.

Anónimo disse...

Por vezes ficamos entupidos... até que um dia o grito solta-se e a voz recupera-se. Por mais que doa. Beijo enorme.