17.3.06

A Armadilha do Silêncio

Agora é a minha vez. De agarrar as tuas mãos, de puxar as tua mãos, de ficar perdido às tuas mãos. De viver o tempo que se perdeu, que na distração dos dias fingiu não ver-nos. É a minha voz a dizer-te de repente, uma frase qualquer muito parecida com um estou aqui, e nesse repente tu também saberes que eu daqui nunca tinha saido e tinha sido os olhos das letras por onde te guiava. É como tu sabes, o silêncio é a maior das armadilhas, porque esconde todas as palavras.

4 comentários:

inimaginavel disse...

Silêncio.

Anónimo disse...

E faça se silêncio para que todas as palavras possam ser sentidas num agarrar de mão...numa troca de olhares...num abraço...silenciosos

Anónimo disse...

Parabens, muito muito bom!!!Gostei...

Letras de Babel disse...

...e explode. e fica-se a ver o arabesco mirabolante que rasga a noite dele próprio...

não li todos os comentários...já te disseram que tudo aqui nos agarra os olhos e os pensamentos?

a armadilha das palavras...