Perdeu-se o tempo que fomos, fiquei sem a calma que era o teu toque. O ar da noite morre agora no que já não significa, o tempo foi demais para mim e também me perdi, já só me segredo distâncias que percorro à beira-mar.
A minha sombra preenche todo o meu espaço no lugar do teu sorriso. Do teu sorriso... Se eu voltasse a saber como sonhar... Se eu voltasse a saber como não ser só.
Qualquer sonho me servia, qualquer noite, qualquer. Qualquer voz que me tirasse deste dia tão claro. Tira-me as palavras de vez... Tira-me qualquer coisa que me devolva o ser.
Ignoro agora o teu rosto que escondo, desfolho segredos à beira da dor que me enche o peito e prefiro não escolher mais quem sou. Morri nos teus braços esta noite, e o tempo não me perdoa as mágoas que me fiz sentir...
Morri nos teus braços, esta noite.
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