Sopro ao de leve as lembranças que me sobraram da beira da dor. Na sombra, e só aí, ninguém me acompanha nem ao lamento que arrasto à beira-mar. A minha estrela, que já não é minha (e como o foi em tantas noites...), já não me desce aos ouvidos e a Lua já não é o meu baloiço. Felizmente, o céu continua no meu destino.
Ninguém compreende.
Hoje, como em tantos outros dias, já não importa; pego nos meus cinco minutos de paz e descanso as minhas lágrimas. Sou eu, sou só eu, e eu não posso ficar só. Desesperadamente, as ondas parecem mares que elevam a distância do meu grito ao quadrado.
O horizonte que fito já ninguém olha, e a longitude entre mim, ninguém a vê.
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